Immanuel Kant (1724 - 1804) e o juizo sintético a priori

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

 

Um dos maiores gênios da filosofia moderna , teve uma vida longa e tranquila dedicada a filosofia . Homem metódico e de hábitos arraigados , lecionou durante quarenta anos na Universidade de Königsberg, somente deixando o magistério por questões de saúde. Morreu sem jamais se afastar das imediações de sua cidade natal.
Em sua obra Crítica da Razão Pura , ele tratará da questão do conhecimento e fará um síntese entre o racionalismo de Descarte e o empirismo de Hume.
Há dois tipos de conhecimento ( a posteriori): aquele que é dados pelos sentidos. E o conhecimento a priori: aquele que não depende de quaisquer dados do sentido, nascendo do puro uso da razão: duas linhas paralelas jamais se encontram no espaço. É uma afirmação universal e não depende da confirmação dos meus sentidos numa condição específica.
Para Kant o conhecimento a priori conduz a juízos universais e necessários, enquanto que o a posteriori não possue essa característica.

Kant ainda classifica os juízos em analíticos e sintéticos:

Juízo analítico: é aquele em que o predicado já está contido no sujeito, basta uma simples análise para que façamos tal dedução, vejamos este exemplo, " O quadrado tem quatro lados ", no sujeito da frase " quadrado" já está presente o predicado "quatro lados".

Juízo sintético: é aquele em que o predicado não está presente no sujeito. Neste o predicado traz algo novo ao sujeito: Por exemplo, " A rua está molhada".

Kant faz uma síntese entre o juízo analítico e o sintético e criará o :

Juízo sintético a priori: é o mais importante pois traz algo que dependerá dos meus sentidos, mas que possibitará eu construir uma validade universal e necessária. Seu predicado acrescenta novas informações ao sujeito , possibilitando uma ampliação do conhecimento. Segundo Kant , a matemática e a Física são disciplinas científicas por trabalharem com juízos sintéticos a priori.

A valorização que Kant atribui ao papel do sujeito ( possuidor das categorias apriorísticas) no ato de conhecer representou na filosofia , uma revolução comparável à de Copérnico, na Física.
Antes de Kant se afirmava que a função da nossa mente era assimilar a realidade do mundo.Nessa operação , alguns somente consideravam importante a atividade mental do sujeito,enquanto outros ressaltavam o papel determinante do objeto real exterior. Kant tentou formular a síntese entre sujeito e objeto, mostrando que, ao conhecermo a realidade do mundo, participamos da construção mental deste.

Texto baseado no texto sobre Immanuel Kant no livro Fundamentos da filosofia de Gilberto Cotrim.

1 comentários:

Luis Carlos disse...

Legal o seu artigo! Kant foi revolucionario: ele fundou a filosofia transcendental, na area da metafisica e pela abordagem do idealismo transcendental.