Anaximandro (610-546 D. C)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

 


Anaximandro (610-546 D. C).

Anaximandro foi discípulo de Tales e contrariando o mestre elegeu como elemento primordial “o ilimitável”. De acordo com Aristóteles, o filósofo estava procurando a origem ou elemento primordial, no grego a palavra “arché” tem ambos significados. Anaximandro disse ter identificado o “ilimitável” (no grego: apeíron, “aquilo que não tem limite)”. Já no seu tempo, foi questionado o fato de Anaximandro não ter explicado o que significava o “sem limites”. Mais recentemente, autores tem argumentado se o “o ilimitado” deveria ser interpretado como temporariamente “sem limites”, ou talvez como aquilo que não pode ser qualificado, ou como aquilo que é inesgotável.Algumas escolas têm mesmo defendido o significado “aquilo que não é provado pela experiência, o apeíron grego”. A questão, entretanto, é questionada pelos filósofos gregos, ao colocar “o ilimitado” como princípio de todas as coisas, Anaximandro inicia um alto nível de abstração. Por outro lado, alguns têm apontado que o apeíron é atípico para o pensamento grego, o qual foi colocado com ilimitável, simétrico e harmônico. Os pitagóricos dirão que o apeíron está na lista das coisas negativas e Aristóteles também, pois a perfeição está alinhado com o conceito de de limitado ( grego : peras ), e assim apeíron com imperfeição. Assim, alguns autores suspeitarão da influência oriental nas idéias de Anaximandro.
Aristóteles reporta-nos um curioso argumento, o qual provavelmente volta a Anaximandro, segundo ele “ilimitado” não tem princípio, porque teria a origem em si mesmo. Nós diríamos que parece mais como uma série de jogos de palavras do que um argumento formal. Vejamos o seguinte “tudo tem uma origem ou é a origem”. O ilimitado não tem origem. Portanto, teria um limite”.
Os gregos tinham uma familiaridade com a idéia da imortalidade dos Deuses vinda da obra de Homero. Anaximandro adiciona duas características distintas na concepção de divindade: seu “ilimitável é algo impessoal” e não somente imortal, mas também não gerado. Entretanto, talvez não Anaximandro, mas a Tales deveria ser creditado esta idéia. Diógenes Laércio descreve o aforismo de Tales “O que é divino? Aquilo no qual não tem origem e nem fim”. Similares argumentos também serão usados pelos filósofos gregos Melissus e Platão.

Os trechos deste texto foram traduzido do site:

http://www.iep.utm.edu/

0 comentários: